Fundação Cecierj não para – por Fred Furtado

De suas casas, os servidores da Fundação continuam em plena atividade para oferecer educação superior gratuita e de qualidade; divulgação científica e formação continuada de professores do Ensino Fundamental, Médio e Superior para todo o conjunto da comunidade fluminense.

Queremos a manutenção do isolamento social em defesa da vida e, por isso, mostramos que o home office garante um pleno funcionamento das atividades da Fundação.

Confira o depoimento de Fred Furtado, técnico em EAD/Divulgação Científica do Museu Ciência e Vida (MCV):

“Sou Fred Furtado, técnico em EAD/Divulgação Científica lotado no Museu Ciência e Vida (MCV), em Duque de Caxias. Eu e meus colegas sempre defendemos o home office como solução perfeita para os variados problemas que enfrentamos no MCV, como interrupção do abastecimento de água ou do serviço de internet, ausência das equipes de limpeza e de segurança etc. Infelizmente, sempre houve grande resistência a essa opção, sendo dito abertamente que home office não deve ser feito.
Assim, recebi com naturalidade – e alívio, dado o perigo pra minha saúde e a da minha esposa – a orientação para trabalhar de casa. A maior demanda que possuo no MCV é a produção de conteúdo, seja para as exposições ou para as demais atividades, e isso pode ser executado fora do museu sem qualquer dificuldade.
Com o fechamento do MCV e o maior foco em atividades on-line, passei a produzir não apenas textos, mas também vídeos. Para isso, tive que aprender por conta própria a operar softwares de edição de vídeo, editando e montando o material filmado, e a ser apresentador desse conteúdo. Também aprendi a operar um programa de edição de áudio e serviços de gravação por causa do projeto do podcast do Museu.
Outras atividades interrompidas pelo fechamento do museu, como o projeto De Frente com Cientistas, ciclo de palestras que coordeno, também estão sendo pensadas para assumir caráter virtual, assim como as exposições. Para isso, estamos estudando o uso de outros serviços.
Durante o período de home office, tenho pesquisado e escrito textos para o site e as mídias sociais do MCV; pesquisado, roteirizado, apresentado, gravado e editado vídeos sobre a covid-19 e o SARS-CoV-2; escrito projetos para editais de financiamento; contatado pesquisadores para participar das nossas atividades; colaborado nos projetos de colegas e participado de inúmeras reuniões, discutindo, entre outros temas, as necessidades do museu para uma futura reabertura.
Acredito que a segurança dos servidores e demais funcionários da Fundação deve ser a primeira preocupação e, por isso, o regime de home office deve ser mantido até que não haja qualquer chance de sermos infectados. Lembro que mesmo sintomas ditos “leves” causam grande sofrimento físico e podem deixar sequelas na pessoa.
No caso específico do Museu Ciência e Vida, é preciso ressaltar que Duque de Caxias é um dos municípios em situação mais crítica no estado, sendo o quarto em número de casos e apresentando letalidade de 10,82%, segundo o covidímetro do governo estadual. Além disso, eu e a maioria de meus colegas não moramos em Caxias e precisamos fazer uso de transporte intermunicipal, muitas vezes em mais de um modal, o que aumenta significativamente nosso risco de contaminação.”

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