Fundação Cecierj não para – por Mariana Caser

De suas casas, os servidores da Fundação continuam em plena atividade para oferecer educação superior gratuita e de qualidade; divulgação científica e formação continuada de professores do Ensino Fundamental, Médio e Superior para todo o conjunto da comunidade fluminense.

Queremos a manutenção do isolamento social em defesa da vida e, por isso, mostramos que o home office garante um pleno funcionamento das atividades da Fundação.

Confira o depoimento de Mariana Caser, revisora da Fundação Cecierj.

“Tive meu segundo filho em setembro de 2019, e desde então venho tentando equilibrar os desafios da maternidade, da casa e os laborais. Sou revisora da Fundação Cecierj há seis anos. A pandemia começou e, às minhas funções, adicionaram-se os cuidados com minha filha mais velha, a quem tenho orientado nas tarefas escolares e no preenchimento das rotinas diárias. Os três primeiros meses da pandemia coincidiram com a minha licença-amamentação. Então, no fim de junho, retornei ao trabalho. Com o bebê no colo, fui a responsável por redigir a ata da assembleia do SindCecierj, o que fiz com certo estranhamento e muita alegria, pois retornar ao trabalho é algo que me empolga. Durante a licença, me mantive ligada, mesmo que de forma reduzida, aos problemas da Fundação. Não ter me desligado da Fundação me ajudou a retornar ao trabalho sem muita dificuldade, pois já estava habituada a, digamos, trabalhar como uma mãe.

Os últimos meses não têm sido nada fáceis. A Covid-19 afetou minha família, que teve uma perda que nos deixou bastante machucados. Confesso que lidar com as questões envolvidas com a pandemia tem sido um dos maiores desafios que já enfrentei. Estou trabalhando na revisão dos materiais de graduação e dos que têm sido preparados para auxiliar professores e alunos do Consórcio Cederj durante a pandemia, colaborando com a pesquisa para a criação de um repositório online para os cursos, participando de reuniões e seminários. Para isso, organizei um esquema de dividir o dia em pequenos blocos de horários, o que tem funcionado bem. Temos conseguido, com esforço e sucesso, conjugar as atividades individuais e as coletivas da família. Estou em casa, sem parar de trabalhar; tenho até aproveitado para buscar espaços virtuais de formação em minha área.

No meu ambiente de trabalho, vejo pessoas envolvidas, criativas e muito empenhadas em estudar e desenvolver um excelente trabalho. Nossa atividade não é voltada para pobres ou ricos, mas para todos, e essa é a beleza dela, pois o que é público é aquilo que é feito para todos, indistintamente. Vejo que o pessoal da Fundação Cecierj segue atuando remotamente e mantendo a qualidade habitual.

Eu gostaria muito de acordar amanhã e perceber que esses últimos meses e suas consequências para a nossa vida não passaram de um pesadelo. Gostaria de me arrumar para o trabalho, levar meus filhos pra escola, passar o dia na Fundação revisando, conversando, me alegrando e, às vezes, me aborrecendo. E depois retornar pra casa, pegar as crianças, jantar, brincar, dormir e recomeçar. Ir ao cinema, visitar meus pais, planejar a festa de um ano do bebê. Como isso não acontecerá, restam as memórias que meu pai deixou. Resta a saúde que temos conseguido manter até aqui. Para continuarmos sendo sobreviventes desse período tão difícil e para fazermos a Fundação Cecierj sobreviver a essa crise sanitária, nós precisamos de proteção. Precisamos ter garantido o direito de resguardar nossas famílias, para que sigamos trabalhando, de casa, em prol da população do Rio de Janeiro. A Fundação tem 20 anos de história em EaD e uma vontade enorme de seguir trabalhando. Se agora é preciso ficar em casa, que possamos permanecer nela. Exaustos, mas protegidos e produzindo!”

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