Trabalho na Fundação Cecierj desde 2007 e foi meu primeiro emprego. Em 2013, o tão sonhado concurso, a aprovação como Técnica em EaD – Designer Instrucional e, finalmente, tornei-me servidora pública, em 2014. Sempre sonhei em seguir nesta instituição e me aposentar no lugar que foi meu primeiro e, praticamente, único emprego.
Em pouco tempo vi que a realidade do serviço público está longe de ser as “mil maravilhas” que alguns falam. Não há reajustes salariais, faltam benefícios básicos como vale-transporte e mecanismos de progressão na carreira. Não ter acesso a esses benefícios, que deveriam ser obrigatórios, é muitas vezes desanimador.
Além disso, vi que muitas pessoas têm uma percepção totalmente enviesada dos servidores públicos; somos julgados como pessoas que não gostam de trabalhar. Nossa! eu e meus colegas da Fundação CECIERJ nos dedicamos muito ao que fazemos, pois focamos em ofertar uma educação pública de qualidade aos estudantes de todo o Estado do Rio de Janeiro. Ser julgado como “vagabundo” ou “parasita” é um soco no estômago.
Mas não desistimos e não nos cansamos. Seguimos na luta pelo que merecemos! Finalmente, nossas tão almejadas progressão e a promoção parecem estar mais próximas de nossos contracheques. Precisamos de apoio para a implementação desses direitos como forma de apoio e valorização dos servidores desta Fundação. Estamos trabalhando, e muito, durante a pandemia, em jornadas maiores que as 8 horas diárias que estão em nossos contratos.
É preciso valorizar o servidor público! Nós trabalhamos com pouco, mas somos incansáveis!
Flávia Busnardo, designer instrucional